Shadow of the Wraith (2001)

Título Original: Ikisudama
País de Origem: Japão
Ano: 2001
Gênero: Terror/ Drama
Direção: Toshiharu Ikeda
Elenco: Kozue Ayuse, Hyôe Enoki, Makiko Fujii.
Produtores: Masami Kubota e Mitsuru Kurosawa.

Sinopse: O filme é a união de duas histórias que se complementam, a primeira é sobre uma lenda onde diz que quando uma pessoa morre seu espírito pode caminhar por aí (Quem nunca ouviu falar que na hora em que uma pessoa morreu ela acaba visitando os familiares).Já a segunda história é sobre a maldição em um prédio de apartamentos, as pessoas que moram lá acabam morrendo de forma estranha, pois há algo sobrenatural nesse lugar.


Página do filme no Filmow: http://filmow.com/shadow-of-the-wraith-t72565/
Página do filme no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0459405/

Crítica por Nícolas Queiros:

ATENÇÃO! PODE CONTER SPOILERS!

Ikisudama é um filme que aposta em 2 histórias diferentes porém conectadas, tratando de diferentes lendas japonesas. O filme tenta emplacar a dupla de músicos Koji e Yuichi Matsuo no mundo do cinema e isso pode ser um atrativo para fãs de J-Music. O diretor Toshiharu Ikeda possui 2 roteiros diferentes para lidar e isso é sempre um fator complicado, mas o resultado não é tão negativo quanto o esperado.

O primeiro conto é a respeito de Doppelganger, onde uma pessoa poderia deixar seu espírito sair de seu corpo, ter poderes sobrenaturais e estar em dois locais ao mesmo tempo. É um típico caso de revolta amorosa onde uma garota se apaixona por um cara popular e ao ser ignorada decide matar todos a sua volta. A fotografia é bem estruturada (com alguns planos experimentais) porém peca nas aparições do espírito, parecendo bem artificial.

O segundo conto é sobre uma garota que sai de uma vila onde todos estavam morrendo de acordo com a sequência da casa (logo a dela seria a próxima) e decide ir para um apartamento (mal sabendo que essa maldição persiste). Mudando de casa, muda também de escola e acaba conhecendo o amigo do cara perseguido no primeiro conto. O terror trabalhado nesse conto é mais psicológico, sendo o som o principal fator de criação do medo e da ansiedade. Tem uma sequência final de tirar o fôlego, mas novamente Ikeda falha nas cenas de aparição fantasmagórica, caindo um pouco para o “trash”.

O baixo orçamento é algo constante nesses filmes asiáticos, que ao contrário do cinema ocidental, prefere recorrer para efeitos mais simples e mais baratos. Há filmes que conseguem usar esse artifício com maestria, e outros caem no ridículo. Shadow of the Wraith fica “em cima do muro”, porém é um filme bom por conta do enredo bem estruturado, da sequência final e da ambiência oriental que por si só já ”perturba” nos filmes de terror.

Nota: 7/10